Batuques negros, ouvidos brancos: colonialismo e homogeneização de práticas socioculturais do sul de Moçambique (1890-1940)
O investigador Matheus Serva Pereira (Unicamp / ICS-ULisboa), publicou uma contribuição para a história do colonialismo, tendências de homogeneização, “batuques”, no sul de Moçambique, na forma de um artigo no volume 39, número 80 da Revista Brasileira de História, editado no primeiro semestre de 2019.
Em “Batuques negros, ouvidos brancos: colonialismo e homogeneização de práticas socioculturais do sul de Moçambique (1890-1940)” o historiador analisa como as práticas designadas genericamente como batuques passaram por um processo de homogeneização e de escrutinização pelos diferentes agentes da ação colonial portuguesa. Por um lado, insistiu-se em unificar danças e músicas na categoria genérica de batuque; por outro, a necessidade de compreender os povos dominados acabou por produzir respostas coloniais que transitaram entre um destrinchar desse termo em busca de uma apuração mais fidedigna daquilo que se presenciava e uma incorporação dessas práticas na empresa colonial. Serva Pereira sugere como esse processo foi concebido pelos agentes coloniais portugueses como forma de apropriação dessas danças, canções e músicas feitas pelos nativos do sul de Moçambique para positivação de um discurso nacionalista português.
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