«Povos indígenas no vale do rio Branco: composição e representação na documentação portuguesa da segunda metade do século XVIII»

No âmbito do Ciclo “O Atlântico Ibero-Americano (sécs. XVI-XX). Perspectivas historiográficas recentes – 2018» tem lugar dia 3 de Maio a conferência

«Povos indígenas no vale do rio Branco: composição e representação na documentação portuguesa da segunda metade do século XVIII» por Maria Luiza Fernandes (Universidade Federal de Roraima)

Comentadora: Susana de Matos Viegas (ICS-ULisboa)

17h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Sala B1| Entrada livre

Resumo

A Amazônia foi considerada uma região de interesse tardio aos portugueses por parte da historiografia. De fato, seria apenas no começo do século XVII e, ainda assim, pela iminência da presença de outros europeus na região que Portugal desenvolveu uma preocupação relacionada à ocupação, com a fortificação e a presença de destacamento militar, como era corrente. Surge, então, o forte do Presépio, em 1616, no local onde posteriormente seria fundada a cidade de Belém, atual estado do Pará.

A região que me ocupo nessa pesquisa, o vale do rio Branco, atual estado de Roraima, foi de colonização tardia. Embora haja registro de uma presença esporádica luso-brasileira, sobretudo através da actuação das tropas de resgate, somente na segunda metade do século XVIII é que essa presença se fez efetivamente sentir, novamente a partir duma fortificação, o Forte São Joaquim, de 1775, e das primeiras tentativas de aldeamentos.

Região considerada periférica para os portugueses, de certa forma também foi para os brasileiros e, porque não dizer, também para a historiografia. Assim, poucos trabalhos têm sido produzidos sobre esse espaço e, mais escassamente ainda sobre o período colonial e a chegada dos portugueses bem como em relação às relações com os povos indígenas.

Este projeto surge da constatação deste silêncio e parte de dois aspectos: entender a composição indígena quando da chegada do colonizador português e perceber a sua representação na documentação da segunda metade do século XVIII. Afinal, quando da presença portuguesa nessa região, qual era a composição indígena? O que podemos conhecer por meio da documentação da época?

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Reunindo reputados especialistas internacionais, o ciclo “O Atlântico Ibero-Americano (sécs. XVI-XX). Perspectivas historiográficas recentes» logra diversificar pontos-de-vista sobre a temática em análise, integrando tanto abordagens de ordem conceptual e metodológica, como a apresentação de resultados de investigações empíricas.

Comissão Organizadora

– Graça Borges (CIDEHUS/UÉ)
– Isabel Corrêa da Silva (ICS/ULisboa)
– José Damião Rodrigues (FL/ULisboa)
– Mafalda Soares da Cunha (CIDEHUS/UÉ)
Roberta Stumpf (CHAM)

Mais informações sobre o Ciclo encontram-se aqui