Entre o subsídio e a subversão: “batuques” e “danças nativas” em Moçambique

“Batuques de guerra”, realizados em 1907, em Lourenço Marques. Registro feito pelos irmãos Joseph e Moses Lazarus.

Entre o subsídio e a subversão: Negociações e disputas ao redor dos “batuques” e das “danças nativas” no Sul de Moçambique (1900-1950)

O investigador Matheus Serva Pereira (Unicamp / ICS-ULisboa), publicou uma contribuição para a História da África e do colonialismo,  música, dança, espetacularização, no sul de Moçambique, na forma de um artigo no dossiê “Moçambique em perspectiva”, número 178, da Revista de História da USPeditado no segundo semestre de 2019.

Em “Entre o subsídio e a subversão: Negociações e disputas ao redor dos “batuques” e das “danças nativas” no Sul de Moçambique (1900-1950)” o historiador analisa como, ao longo da primeira metade do século XX, o linguajar colonial português unificou diferentes práticas musicais e dançantes das populações do sul de Moçambique no termo batuque. Por um lado, o artigo pretende analisar os processos de transformação dessas práticas no contexto de colonização portuguesa, promovedor de uma homogeneização e espetacularização das diversidades socioculturais existentes naquela região, incorporando-as à retórica da dominação. Por outro lado, acompanhar as entrelinhas das apresentações dos “batuques” e das “danças nativas” para um público não praticante revela traços de uma multifacetada experiência das populações sul-moçambicanas colonizadas que, por meio de suas ações, produziram incontáveis e inesperadas reinterpretações e ressignificações de suas próprias práticas e experiências.

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