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Monarquias Ibéricas em Perspectiva Comparada: Dinâmicas Imperiais e Circulação de Modelos Administrativos (sécs. XVI-XVIII)

Ângela Barreto Xavier, Federico Palomo, Roberta Stumpf (orgs), 2018

Dispor de uma análise dos quadros jurídico-políticos e administrativos das duas monarquias ibéricas na época moderna é fundamental para o investigador que pretende estudar os processos históricos nos quais estas foram protagonistas, bem como os agentes neles envolvidos. Este livro procura dar resposta a esta necessidade, propondo, a partir de perspectivas novas, uma visão panorâmica, e ao mesmo tempo comparada e integrada, dos mecanismos de administração de ambas as monarquias. Privilegia-se, assim, a sua organização territorial, as jurisdições políticas e religiosas, a estruturação das administrações civis – e a participação nelas de instituições «indígenas» –, bem como a organização militar e eclesiástica. A este respeito, como o título indica, interessa particularmente a circulação de modelos, em sentidos diversos, entre metrópole e territórios imperiais. A interacção e interdependência entre as instituições metropolitanas e as instituições estabelecidas nestes espaços, a circulação de agentes entre umas e outras, atravessam deste modo o livro, com o objectivo de proporcionar, uma leitura mais complexa, porque interligada, dos vários territórios sobre os quais o domínio político destas duas monarquias incidiu.

Dois Países, um Sistema. Monarquia Constitucional dos Braganças em Portugal e no Brasil (1822-1910)

Rui Ramos, José Murilo de Carvalho, Isabel Corrêa da Silva, 2018.

Uma história paralela de Portugal e do brasil depois da independência brasileira (1822-1910). As monarquias constitucionais de Portugal e do Brasil terminaram em repúblicas, a do Brasil em 1889 e a de Portugal em 1910. O projecto de uma monarquia atlântica, em que o reino de Portugal e o do Brasil fariam parte de um Reino Unido, fora desmantelado em consequência das revoluções liberais em Portugal e no Brasil a partir de 1820 – revoluções encaradas em ambos os reinos como uma questão de «independência nacional». As diferenças entre Portugal e Brasil são grandes, como não podia deixar de ser quando se considera a localização dos dois Estados no globo. Mas por isso mesmo faz sentido esta análise a partir do que parece ser mais análogo – a monarquia constitucional dos Braganças. Como é que princípios políticos que eram aparentemente os mesmos se desenvolveram em dois mundos diferentes? Poder-se-á falar, a propósito das monarquias constitucionais de Portugal e do Brasil, de dois países e um mesmo sistema?

Luso-tropicalism and its discontents: the making and unmaking of racial exceptionalism

Warwick Anderson, Ricardo Roque, Ricardo Ventura Santos (eds), 2019

In thinking about racial difference and race relations in the Global South, Gilberto Freyre’s theories, propounded in the 1930s and formalized in the 1950s, of Portuguese (and therefore Brazilian) racial exceptionalism should immediately come to mind. Notwithstanding the ambivalence of his prose, Freyre’s work fostered an appreciation that Portugal had been more benign and racially tolerant as a colonizer than had other European powers, that Brazil as a nation might one day constitute a racially mixed Arcadia, and that the vast Portuguese imperial world was ultimately a successful, if sometimes troubled, interracial experiment. Preoccupied with cultural particularism and autonomy, Freyre helped to concoct the myth of Brazilian racial democracy, arguing that peculiarities of Portuguese colonialism cultivated a convivial mixed-race society, which had incorporated Africans. His major study, Casa-grande & senzala (1933) — poetic and impressionistic, and bearing the imprint of his association with anthropologists at Columbia University — was largely an aversive reaction to the rigid racial regime he had experienced in the Southern United States, that other “exceptional” society In this influential tract, Freyre implicitly juxtaposed American racial segregation and Lusophone racial mixing — racial exclusion and racial “harmony” — looking back nostalgically to what he imagined to be the relatively benign patriarchal structures established under Portuguese colonialism. But what was the true valence of this supposed Lusophone exceptionalism? Was it self-deceiving? Was it even distinctive compared to other racial regimes in the Global South?

Resistance and Colonialism: Insurgent Peoples in World History

Nuno Domingos, Miguel Bandeira Jerónimo, Ricardo Roque (eds), 2019

This volume offers a critical re-examination of colonial and anti-colonial resistance imageries and practices in imperial history. It offers a fresh critique of both pejorative and celebratory readings of ‘insurgent peoples’, and it seeks to revitalize the study of ‘resistance’ as an analytical field in the comparative history of Western colonialisms. It explores how to read and (de)code these issues in archival documents – and how to conjugate documental approaches with oral history, indigenous memories, and international histories of empire. The topics explored include runaway slaves and slave rebellions, mutiny and banditry, memories and practices of guerrilla and liberation, diplomatic negotiations and cross-border confrontations, theft, collaboration, and even the subversive effects of nature in colonial projects of labor exploitation

1498

Ângela Barreto Xavier, Nuno Senos, 2019.

17º volume da coleção Portugal, Uma Retrospectiva, coordenada por Rui Tavares. Editado pelo jornal Público e pela editora Tinta-da-China, com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos. Se há anos de viragem na história da humanidade, 1498 merece estar certamente entre eles. Ano em que uma armada comandada por Vasco da Gama, que tinha partido de Lisboa, completou pela primeira vez uma viagem marítima para a Índia, alterando decisivamente as rotas do comércio global e o rumo das relações entre o Ocidente e o Oriente, 1498 tornou-se canónico da história global. Mas como foi visto 1498 pelas gentes de 1498? Como se chegou a 1498? Que importância teve a chegada à Índia — não para os séculos vindouros — mas para as pessoas da segunda metade do século XV? O que nos diz a arte do reinado de Dom Manuel — chamemos-lhe ou não «manuelina» — sobre a importância relativa da Ásia e da Europa nas preocupações da coroa portuguesa nesse ano e nos seguintes? Essas são as perguntas que motivam este ensaio historiográfico.

Crossing Histories and Ethnographies

Ricardo Roque, Elizabeth Traube (eds), 2019.

The key question for many anthropologists and historians today is not whether to cross the boundary between their disciplines, but whether the idea of a disciplinary boundary should be sustained. Reinterpreting the dynamic interplay between archive and field, these essays propose a method for mutually productive crossings between historical and ethnographic research. It engages critically with the colonial pasts of indigenous societies and examines how fieldwork and archival studies together lead to fruitful insights into the making of different colonial historicities. Timor-Leste’s unusually long and in some ways unique colonial history is explored as a compelling case for these crossings.

1640

Joana Fraga, Thiago Krause, 2019.

13º volume da coleção Portugal, Uma Retrospectiva, coordenada por Rui Tavares. Editado pelo jornal Público e pela editora Tinta-da-China, com o apoio da Fundação Francisco Manuel dos Santos. O que é exactamente a Restauração? Uma restauração da independência, quando Portugal nunca deixou de ser um reino distinto dos demais reinos peninsulares? Ou apenas uma restauração dinástica em torno da Casa de Bragança, e portanto de uma família real portuguesa? Para quem chega do futuro, como nós fazemos aqui, o Portugal que encontramos em 1640 é um país muito diferente, mas que se encontra num momento de viragem decisivo para o que viria a acontecer nos séculos seguintes.

States of imitation. Mimetic Governmentality and Colonial Rule

Patrice Ladwig, Ricardo Roque (ed), 2020

Late Western colonialism often relied on the practice of imitating indigenous forms of rule in order to maintain power; conversely, indigenous polities could imitate Western sociopolitical forms to their own benefit. Drawing on historical ethnographic studies of colonialism in Asia and Africa, States of Imitation examines how the colonial state attempted to administer, control, and integrate its indigenous subjects through mimetic governmentality, as well the ways indigenous states adopted these imitative practices to establish reciprocal ties with, or to resist the presence of, the colonial state.

“Grandiosos Batuques”. Tensões, arranjos e experiências coloniais em Moçambique (1890-1940)

Matheus Serva Pereira

O “batuque” possui uma história múltipla. O termo foi empregado para designar diferentes práticas musicais e tipos de performance produzidos por africanos e/ou afrodescendentes. Este livro tem como objetivo investigar as formas como os “batuques” foram praticados e resignificados pelo colonialismo português em Lourenço Marques – atual Maputo – e no sul de Moçambique durante o período de 1890-1940. As categorias criadas e implementadas pela ação colonial portuguesa não foram capazes de conter a multiplicidade de experiências das populações africanas e das suas práticas. Por meio de ferramentas teórico-metodológicas da História Social da Cultura, da história “vista de baixo” e da microhistória, os “batuques” configuram-se neste livro como objeto de investigação e janela privilegiada para analisar resistências, tensões e arranjos cotidianos daqueles que foram subalternizados pelo poder colonizador português na região.

Petitioning in the Atlantic World, c. 1500–1840 Empires, Revolutions and Social Movements

Miguel Dantas da Cruz (Ed.), 2022

This book essay bridges the gap between two historiographical fields that rarely engaged with each other: Atlantic history and the history of petitions and petitionary practices. The book emphasises the importance of petitioning within and across Atlantic empires, from the initial European expansion to the Age of Revolutions.Petitioning played a major role in the negotiated patterns of early modern empires, irrespective of the political regime of each state or empire. Petitioning practices underwent a very unique development in the Atlantic World. This was partly dictated by a background of common features that did not converge anywhere else in the same timeframe, namely the shared Greco-Roman and medieval petitionary heritage, the simultaneous expansion and colonisation processes, and the infectious reverberations of the Age of Atlantic Revolutions. The book goes through the traditional practices and institutions and revisits the unique petitionary experience of colonised peoples. It also pays a special attention to the transformative role of the Revolution, which began to convert petitioning into a vehicle for mass popular politics on both sides of the Atlantic.

Anos Anteriores

Nuno Domingos (2017)

Football and Colonialism: Body and Popular Culture in Mozambique

Editora: Ohio University Press

Xavier, A. B. & Silva, C. N. da (Orgs) (2016)

O governo dos outros: poder e diferença no império português

(ICS. Imprensa de Ciências Sociais)

Cruz, M. D. da (2015)

Um império de conflitos. O Conselho Ultramarino e a defesa do Brasil colonial

(ICS. Imprensa de Ciências Sociais)

Domingos, N. (2015)

As linguagens do futebol em Moçambique: colonialismo e cultura popular

(7 Letras)

Jerónimo, M. B. (2015)

The “Civilising Mission” of Portuguese Colonialism, 1870-1930

(Palgrave MacMillan)

Jerónimo, M. B. & Monteiro, J. P. (Orgs.) (2015)

Os passados do presente. Internacionalismo, imperialismo e a construção do mundo contemporâneo.

(Almedina)

Jerónimo, M. B., Pinto, A. C. (Eds.) (2015)

The ends of european colonial empires: cases and comparisons.

(Palgrave MacMillan)

Silva, C. N. da, Xavier, A. B. & Cardim, P. (Orgs.) (2015)

António Manuel Hespanha. Entre a História e o Direito.

(Almedina)

Xavier, A. B., Zupanov, I. G. (2015)

Catholic orientalism. Portuguese empire, indian knowledge (16th-18th centuries).

(Oxford University Press)

Vicente, F. L. (Ed.) (2014)

O império da visão: fotografia no contexto colonial português (1860-1960)

(Edições 70)

DOMINGOS, Nuno (2012)

Futebol e Colonialismo, Corpo e Cultura Popular em Moçambique

(Imprensa de Ciências Sociais)

DOMINGOS, Nuno e Elsa Peralta (orgs) (2012)

Cidade e Império

(Edições 70)

JERÓNIMO, Miguel Bandeira (2012)

A Diplomacia do Imperialismo. Política e Religião na Partilha de África (1820-1890)

(Edições 70)

JERÓNIMO, Miguel Bandeira (ed.) (2012)

O Império colonial em questão (sécs. XIX-XX): poderes, saberes e instituições.

(Edições 70)

MATOS, Patrícia Ferraz de (2012)

As “Côres” do Império: Representações Raciais no “Império Colonial Português”, 2.ª ed,

(Imprensa de Ciências Sociais)

ROQUE, Ricardo and WAGNER, Kim A. (eds.) (2012)

Engaging Colonial Knowledge: Reading European Archives in World History.

(Palgrave Macmillan)

VASCONCELOS, João (2012)

Histórias do Racionalismo Cristão em São Vicente, de 1911 a 1940.

(Comissão Organizadora da Comemoração do 1.º Centenário do Racionalismo Cristão em Cabo Verde)

VICENTE, Filipa (2012)

Other Orientalisms. India between Florence and Bombay (1860-1900).

(Orient BlackSwan)

XAVIER, Ângela Barreto (2008)

A Invenção de Goa. Poder Colonial e Conversões Culturais nos séculos XVI e XVII.

(Imprensa de Ciências Sociais)

JERÓNIMO, Miguel Bandeira (2010)

Livros Brancos Almas Negras. A “Missão Civilizadora” do Colonialismo Português (c.1870-1930).

(Imprensa de Ciências Sociais)

ROQUE, Ricardo (2010)

Headhunting and Colonialism: Anthropology and the Circulation of Human Skulls in the Portuguese Empire, 1870-1930.

(Palgrave Macmillan)

ALEXANDRE, Valentim (2008)

A Questão Colonial no Parlamento – volume I, 1821-1910.

(Assembleia da República e Publicações Dom Quixote)

CARDIM, Pedro e XAVIER, Ângela Barreto e (2008)

D. Afonso VI

(Temas e Debates)