‘No meu território têm que fazer alguma coisa.’ MK, FAPLA e a guerra contra a UNITA. | Palestra por Justin Pearce | 11 junho 2024 | 11h

No próximo dia 11 de junho Justin Pearce (Stellenbosch University, África do Sul) será o orador da Palestra intitulada ‘No meu território têm que fazer alguma coisa.’ MK, FAPLA e a guerra contra a UNITA. Este evento terá lugar na Sala Maria de Sousa (Polivalente) do ICS-ULisboa, entre as entre 11h00 e as 13h00.

A palestra também terá transmissão online pelo link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/97824528328

Resumo:

Os campos de treino em Angola foram cruciais para o exército de libertação sul-africano Umkhonto weSizwe (MK) desde o final da década de 1970 e durante a década de 1980, período em que o próprio exército estatal angolano, FAPLA, estava envolvido numa guerra civil. A posição oficial do ANC e do governo angolano foi de solidariedade baseada numa causa política comum. Com base em entrevistas e memórias publicadas, este artigo compara os entendimentos políticos que existiam dentro dos dois exércitos aliados e como esses entendimentos moldaram e foram moldados pelos encontros entre as duas forças militares durante o tempo em que MK esteve em Angola. Para ambos os grupos, a solidariedade internacional era secundária em relação a uma visão nacionalista. Os soldados do MK travavam uma luta de libertação na qual viam a UNITA como aliada dos seus próprios opressores; Os oficiais das FAPLA subscreveram ideias de solidariedade, mas os seus soldados foram participantes relutantes numa guerra civil na qual reconheceram os soldados da UNITA como compatriotas. Quando os soldados do MK foram atraídos para as operações militares das FAPLA contra a UNITA, estes entendimentos incompatíveis da natureza e do propósito do conflito angolano alimentaram o apoio ao “motim” de 1983-84 contra o estado-maior do ANC.

Este evento é organizado pelo Grupo de Investigação Impérios, Colonialismo e Sociedades Pós-Coloniais do ICS-ULisboa.

Contamos com a vossa presença!