«Where I (we) Stand»: encontro internacional em Lisboa

Grada Kilomba, «Illusions Vol. I, Narcissus and Echo». 2017. Aspetos da instalação atualmente em exposição na Coleção Moderna. Fotografia © Márcia Leça.

Encontros Internacionais Where I (we) Stand

Entrada livre
LOCAL | Coleção Moderna – Sala Polivalente, Fundação Calouste Gulbenkian
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«Where I (we) Stand» reune, nos dias 22 e 23 de novembro, um conjunto de autores, artistas e ativistas, em torno das questões da descolonização da história, dos corpos e das narrativas, mas igualmente da própria estrutura do Museu, enquanto lugar de representação e produtor de conhecimento.

O Museu Gulbenkian desenvolveu ao longo de 2019, no Espaço Projeto da Coleção Moderna, um ciclo de programação dedicado a artistas contemporâneos, nacionais e internacionais, que nas suas obras interrogam e problematizam o passado colonial e o seu legado no presente – um presente ainda por descolonizar, convocando a história, a memória, a experiência da diáspora, propondo narrativas alternativas e dando voz (e imagens) a outros protagonistas.

Yto Barrada, Filipa César, Irineu Destourelles (em exposição até 6 de janeiro) são os artistas que desenvolveram projetos realizados especificamente para o espaço. Associada a esta programação e às novas políticas de aquisição de obras da Coleção Moderna, o Museu realizará em novembro os Encontros Where I (we) Stand que terão lugar na Sala Polivalente, junto ao Espaço Projeto. A conceção dos Encontros foi realizada em colaboração com as associações e coletivos Djass, Femafro, Inmune e Padema, com a plataforma Buala e com a investigadora Filipa Lowndes Vicente.

Com o título Where I (we) Stand, os Encontros convocam os lugares da história colonial, com enfoque no passado colonial português, ao mesmo tempo que se ancora no presente para pensar os lugares a partir dos quais defendemos a construção de outras narrativas e ampliamos as possibilidades para outras «imaginações». Nesse sentido, é também o lugar de um posicionamento ativo em relação a estas questões. Quisemos que os Encontros tivessem um enfoque nos feminismos negros que, pelo pensamento e estrutura intersecionais, se cruzam com as problemáticas do colonialismo, da descolonização e do racismo, mas igualmente com as questões de género e de classe. Estas vozes são, há muito tempo, sujeitas a uma dupla invisibilização.

Os Encontros contam com as participações de Ângela Ferreira, Denise Ferreira da Silva, Flávio Almada, Irineu Destourelles, Laura Hampden, Marta Lança, Melissa Rodrigues, Museum Detox, Raquel Lima, Rita Fabiana, Vânia Gala e das entidades e Associações Moinho da Juventude, Djass, Femafro, INMUNE e Padema.