African Experiences of “Assimilation”: Racism, Negotiation, and Resistance in Colonial Mozambique (1917–1961)

Matheus Serva Pereira publicou o artigo African Experiences of “Assimilation”: Racism, Negotiation, and Resistance in Colonial Mozambique (1917–1961), no e-Journal of Potuguese History.

Resumo: Instituídas legalmente em 1914 e aplicadas em Moçambique entre 1917 e 1961, as classificações racistas de cidadania estabelecidas pelo governo colonial português levaram à criação da categoria do “assimilado” – africanos legalmente definidos como aqueles que haviam abandonado seus “costumes raciais”. A documentação produzida durante o processo para se tornar “assimilado” oferece informações valiosas sobre a complexidade das experiências africanas, tanto em seu envolvimento com a exploração colonial portuguesa quanto em sua resistência a ela. Com base em fontes localizadas no Arquivo Histórico de Moçambique, este artigo explora três aspectos fundamentais das experiências africanas no âmbito das políticas assimilacionistas coloniais portuguesas: (1) uma aproximação dos perfis sociais dos africanos que buscavam o reconhecimento legal como “assimilados”; (2) as estratégias de negociação, acomodação e resistência empregadas por africanos e africanas por dentro da hierarquia racista colonial; e (3) as transformações nos processos de assimilação, sua relação com as mudanças globais no colonialismo europeu e seu impacto sobre o domínio colonial em Moçambique.

Referência: Pereira, M. S. (2025). African Experiences of “Assimilation”: Racism, Negotiation, and Resistance in Colonial Mozambique (1917–1961). e-Journal of Portuguese History (published online ahead of print 2025). https://doi.org/10.1163/16456432-bja10021