Recusar o império da ignorância: compassos das revoluções em Angola e Portugal na obra tardia de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010)

No número especial da Etnográfica dedicado aos 50 anos do 25 de abril, Inês Ponte publicou o artigo “Recusar o império da ignorância: compassos das revoluções em Angola e Portugal na obra tardia de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010)”, número editado por Sónia Vespeira de Almeida, João Leal e Emilia Margarida Marques, com capa por Constança Arouca.
Ao lidar com as convulsões políticas do passado de Angola, a obra literária mais tardia do antropólogo Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010), angolano de origem portuguesa, proporciona refletir sobre a revolução dos cravos em Portugal. Não é tanto o seu desencanto retrospetivo com revoluções, mas as maneiras como provoca o pensamento, o amplifica, o liberta de amarras ou constrangimentos da simplicidade de olhar para um qualquer “nós” sem ver outros. Quer seja através da crónica ou da ficção histórica, a sua perspetiva histórica e política enriquece a antropologia – leva a olhar para a revolução dos cravos como um princípio e não um fim. Neste ensaio, enquadro excertos das suas obras, para partilhar estes estímulos.
O número especial é em acesso aberto.
Referência

Inês Ponte«Recusar o império da ignorância: compassos das revoluções em Angola e Portugal na obra tardia de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010)»Etnográfica, número especial | 1, 197-210. URL: http://journals.openedition.org/etnografica/16022; DOI: https://doi.org/10.4000/etnografica.16022