Como compreender as práticas de imitação como inerentes às relações de poder e até mesmo aos dispositivos de administração colonial? Abordando o mimetismo como um fenómeno generativo, e não apenas subversivo, dos modos de governo e de Estado em situações coloniais, o investigador Ricardo Roque (ICS_UL) organizou em colaboração com Patrice Ladwig (MPI-MMG) organizaram o número especial da revista Social Analysis, intitulado States of Imitation: Mimetic Governmentality and Colonial Rule , recentemente publicado (vol. 62, n. 2, 2018).
Esta publicação foi resultado de um programa conjunto entre o DAAD e CRUP que integrou pesquisadores do MPI-Social Anthropology e do ICS-ULisboa, resultando também do projecto Colonial Mimesis in Lusophone Asia and Africa financiado pela FCT e desenvolvido no quadro do GI Impérios.
O ensaio de introdução a este número especial está acessível para leitura através do sítio da revista Social Analysis:
Abstract: Engaging critically with literature on mimesis, colonialism, and the state in anthropology and history, this introduction argues for an approach to mimesis and imitation as constitutive of the state and its forms of rule and governmentality in the context of late European colonialism. It explores how the colonial state attempted to administer, control, and integrate its indigenous subjects through mimetic policies of governance, while examining how indigenous polities adopted imitative practices in order to establish reciprocal ties with, or to resist the presence of, the colonial state. In introducing this special issue, three main themes will be addressed: mimesis as a strategic policy of colonial government, as an object of colonial regulation, and, finally, as a creative indigenous appropriation of external forms of state power.
Imagem: “Caicoli 1973” . Source: https://www.flickr.com/photos/giantpandinha/4465635037/in/set-72157623711153216/