Classe e nação no automobilismo angolano (1957-1975)

O artigo de Pedro Gomes intitulado ‘Colonialismo, classe e nação na história do automobilismo angolano (1957-1975)’ foi publicado no mais recente número da revista Lusotopie. Coordenado por Nuno Domingos (ICS-UL) e Victor Pereira (Université de Pau et des pays de l’Adour – UPPA), trata-se de uma edição dedicada às relações entre desporto e nacionalismos.

O artigo propõe-se reflectir sobre a relação entre o processo de ‘desportivização’ do automobilismo e as motivações que a elite local projectava sobre a modalidade, averiguando de que forma se coadunavam com a ideia da unidade do império. Procura-se explicar como os critérios sociais de entrada neste desporto foram evoluindo e como isso era revelador de rivalidades e dinâmicas económicas mais amplas que moviam os investidores a apostarem na modalidade para promover as suas marcas. A construção do Autódromo de Luanda e a internacionalização das ‘6 horas de Nova Lisboa’ ajudaram a popularizar a modalidade incentivando vínculos identitários locais que ora se articularam com os interesses do governo ora com interesses autonomistas de uma elite local.

O artigo não está em acesso livre, mas as secções e referências podem ser visualizadas aqui.